segunda-feira, 8 de abril de 2013

TEATRO



Que coisa gratificante é fugir da vida !
Torná-la artifício, ou nem isso
Inventar o que não há
Fazer do homem boneco
Encerá-lo com verniz impossível 
Dizer adeus a tudo o que é crível
E nisso (incrível!) perceber que é a vida que é teatro
E a arte, a que rompeu o contrato,
Terra dos enganos que não engana
Revela o que se há para ver
O que fora dela insistimos em esconder...
Que maravilha é fugir da vida
E encontrá-la na esquina
Toda emperequetada
De figurinos enjeitada
Dizendo: não creias em mim,
Sou coisa fantasiada!
Creio sim!
Sou-te refém
Ao menos até quando a cortina cerrar e decretar:
Amém

...

...

Nenhum comentário:

Postar um comentário