Por mais fútil que pareça Confesso: Sou inútil, por isso o verso Não ergo pontes Não curo doentes Livrar-te da cadeia não posso Tratar dos dentes? Vá ao dentista! Sou antes um malabarista Equilibrando-me na lonjura da utilidade É isso: Na maturidade dessa minha idade Confesso: Perdi o direito, ou a vontade De para alguma coisa servir Mas, cuidado! Quer se divertir? Vá ao circo! Lá tenho eu cara de Pedro-Mico? Ora veja Quando digo que sou filósofo do nada Já tomam a mim por caçoada...
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