tag:blogger.com,1999:blog-65628704633205290002024-03-12T20:06:12.728-07:00Fragmentos da miudeza...Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.comBlogger1014125tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-11698390411649751632016-07-30T14:23:00.001-07:002016-07-30T14:23:05.437-07:00Sou tantos que sou um só <br /> Que vigia os outros muitos que sou<br /> Mas a esse um que a todos em silêncio rege <br /> Pouco ou nada sei<br /> Quanto mais multiplico-me <span class="text_exposed_show"><br /> Menos afasto de mim<br /> E continuo assim:<br /> Duvidando do único de quem me seria impossível <br /> Deixar de ser</span><br />
<div class="text_exposed_show">
...<br />
<br />
<br />
<br />
...</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-83549467695155472722016-06-27T09:16:00.001-07:002016-06-27T09:16:05.024-07:00Há coisas que não fazemos. E não as fazemos para que elas não percam esse hiato de suposição que é imaginar como seria se as fizéssemos. Pular de paraquedas, por exemplo. Nunca pulei de paraquedas. E, provavelmente, nunca pularei de paraquedas. Não que eu não tenha certeza de que pular de paraquedas seja uma experiência incrível de se experimentar. Mas, prefiro manter essa espécie de eterna espera por pular de paraquedas, um sempre-quase pular de paraquedas mas nunca pular de paraquedas. Que decepção seria para mim o pular de paraquedas e perder a imaginação que sempre adia a atitude de pular de paraquedas. Há coisas que adiamos fazer. E adiamos somente por conta disso: para preservá-las dentro do nosso maravilhoso repertório de suposições nunca cumpridas.<div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-36846283551320628652016-06-27T08:22:00.001-07:002016-06-27T08:22:50.894-07:00Adoraria ter talento para fumar... Equilibrar aquele bastonete branquinho entre os dedos médio e indicador, tragar a fumaça como quem chupa um milkshake de chocolate delicioso, empinar o queixo para cima e baforejar aquela nuvem alva polvilhada de toxinas mil feito um escapamento de carro. E depois de fazer tudo isso, dizer alguma coisa espirituosa. E depois tragar de novo. E baforejar de novo. E dizer alguma coisa espirituosa! Ah, como eu queria ter talento para fumar. Seria alguém que fuma. E que diz coisas espirituosas no meio da fumaça tóxica. Acho isso um talento e tanto.<div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-27612466039415520802016-06-17T17:09:00.001-07:002020-06-10T10:16:39.148-07:00# Cenas dramáticas para uma tarde cinzenta: O Atraso do Ator.<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: "helvetica neue light" , , "helvetica" , "arial" , sans-serif;">Um ator chegou atrasado ao espetáculo em que figurava como protagonista. Entrou correndo debaixo do refletor aceso que marcava o foco da cena em que ele deveria estar há pelo menos trinta minutos, quando aquele mesmo foco marcou o chão do palco sem que o referido ator lá estivesse. A plateia estava lotada. A despeito do atraso, ninguém havia arredado o pé dali. Controlando a respiração que ainda ofegava, o ator, bastante temeroso, deu início ao seu texto. Mas interrompeu-se lá pelo meio, incapaz de prosseguir. Abandonada a personagem, dirigiu-se olho no olho aos espectadores da plateia: "vocês não vão dizer nada?". E ninguém disse nada. "Nenhuma vaia?". E ninguém vaiou. Indignado, saiu do palco para não mais retornar. A plateia demorou para produzir os primeiros burburinhos. Havia dúvidas se aquilo fazia parte do espetáculo ou não. Demorou ainda mais para o primeiro espectador decidir levantar-se e ir embora. O segundo espectador acaba de se levantar. E o terceiro agora. E o quarto... Aos poucos, a sala vai se esvaziando. Provavelmente estará completamente vazia na ocasião em que o ator já estiver em sua casa, de gorro na cabeça, prestes a desligar a luz de cabeceira para dormir e se recuperar para o espetáculo do dia seguinte. Com sorte, imaginamos nós, ele não cometerá o erro de atrasar-se novamente. A conferir.</span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
...</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-25620587060382530122016-06-14T17:28:00.001-07:002016-06-14T17:28:51.925-07:00Sempre compro jornal e não leio. Jogo tudinho no lixo sem ter folheado sequer o horóscopo. E isso me dá uma calma na alma... Saber que há uma tragédia escrita e não lida é o mesmo que lamber os dedões depois de metê-los sem permissão na cobertura do bolo.<div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-88318141260795401582016-06-14T17:27:00.001-07:002016-06-14T17:36:21.265-07:00<div>Dá 9 horas da noite e é batata: minha vizinha de porta tenta matar a filha aqui ao lado. Já desliguei os relógios. Normalmente eu vou tomar banho quando o relógio marca 9 horas da noite. Hoje não mais. Abandonei o relógio. Quando a minha vizinha de porta tenta matar a filha, eu me levanto calmamente do meu sofá de estofado vermelho e preto, bocejo, arranco as roupas, e me vou tomar banho. </div><div><br></div><div>Obs: quando os ponteiros anunciam às 2 da matina, a minha vizinha de porta tenta matar o marido. Que é quando eu fecho calmamente o meu livro de cabeceira, desligo a luz do abajur, rezo um pai nosso, enfio um gorro com um pompom no cocuruto... E me vou dormir.</div><div><br></div><div>Obs 2: minha vizinha de porta tem um pintassilgo na gaiola... Faz tempo que não ouço o pintassilgo gorgolejar. </div><div><br></div><div>Obs 3: quando amanhece, a minha vizinha ameaça se suicidar. Que é quando eu abro as janelas do meu quarto, faço a saudação ao sol, recito um mantra que aprendi na ioga, e vou botar a cafeteria de café pra fazer um café.</div><div><br></div><div>Obs 4: eu torço fervorosamente para essa família de Deus não cumprir com as suas promessas, porque senão a minha vida ficaria completamente desregrada. E seria muito penoso ter que voltar a recorrer aos relógios.</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-91061231968093857722016-04-28T22:28:00.001-07:002016-04-28T22:28:00.892-07:00<div>Tenho tantos livros quanto faltam-me olhos para lê-los...</div><div>Mas não é como a vida?</div><div>Acumulam-se anos </div><div>E quem será capaz de tê-los vividos </div><div>Todos?</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-84042790703953631582016-04-28T18:19:00.001-07:002016-04-28T18:23:10.054-07:00<div>Será que o músico sente para tocar</div><div>Ou antes toca </div><div>Para depois sentir?</div><div><br></div><div>O que vem primeiro:</div><div>A nota tocada</div><div>Ou a alma</div><div>Encantada?</div><div><br></div><div>E quanto ao ator?</div><div>Será que ele é quem ele diz ser diante da gente</div><div>Ou </div><div>Mente?</div><div>E finge sentir realmente</div><div>A mentira que a nós chega </div><div>Como verdade premente?</div><div><br></div><div>O que vem primeiro:</div><div>A matéria de mundo - aquilo que a nós é dado </div><div>Ou esse mundo outro - todo invisível</div><div>Porque inventado?</div><div><br></div><div>Ser e</div><div>Não ser.</div><div><br></div><div>Ora veja...</div><div>Por que</div><div>Não? </div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-73782017675694400932016-04-15T09:25:00.001-07:002016-04-15T09:25:21.160-07:00<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Não sei quem sou<br />Mas faço um tremendo esforço para parecer quem seria impossível que eu fosse<br />Sou isso:<br />Um conjunto mal sucedido de farsas experimentadas </div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-80353662059723065612016-04-15T09:16:00.001-07:002016-04-15T09:20:56.664-07:00<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Sou dois de mim<br />Um que é feito para guardar quem sou<br />Sem janelas para visitas<br />De silêncios obrigatórios <br />Outro que se mistura ao mundo <span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />E vê de longe o absurdo do minúsculo que sou<br />Daquele outro que existe só para si<br />Distante do calor do anonimato<br />Que só pode haver entre tantos</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Mas então sinto saudades de quem eu fui<br />E volto a ser quem eu era<br />Ou nunca deixei de ser<br />Sendo sempre</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Gosto dos dois de mim<br />E só me salvo<br />Porque perco-me a navegar<br />Entre ambos</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-32814324081605901102016-04-07T18:29:00.001-07:002016-04-07T18:30:45.776-07:00<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Se o infinito escapa-me aos olhos<br />
Guardo o pouco que dele sei para que caiba em minhas mãos<br />
E reduzida a escala de tudo<br />
Vejo a mim<br />
Não mais pequeno como outrora<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Senão impossível quanto era<br />Aquilo que de mim exigia silenciosa reverência.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Duplico eu de tamanho quando invento pequenezas </div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Sobreponho-me ao mundo ao trazer ele comigo<br />
Em meu bolso.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-66144110858198252872016-04-07T05:37:00.001-07:002016-04-07T05:37:56.775-07:00<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="8245b-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8245b-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="8245b-0-0">Não sou quem sou</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="v297-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="v297-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="v297-0-0">Sou o que faço</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="9mdmt-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9mdmt-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="9mdmt-0-0">E como faço tanto quanto exijo-me a fazer</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="eogq6-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="eogq6-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="eogq6-0-0">Sou um fazedor de mim mesmo</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="42p6t-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="42p6t-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="42p6t-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="1jp8f-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1jp8f-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="1jp8f-0-0">Sou aquele quem faz</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="6c5fn-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6c5fn-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="6c5fn-0-0">Para ser quem sou</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="b891r-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b891r-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="b891r-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="anpu4-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="anpu4-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="anpu4-0-0">Que de tanto ser </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="e1r40-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e1r40-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="e1r40-0-0">Impossível de saber</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="7rhpl-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7rhpl-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="7rhpl-0-0">Quem é</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="b1b07-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b1b07-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="b1b07-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="36qi1-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="36qi1-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="36qi1-0-0">...</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="a20g5-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a20g5-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="a20g5-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a20g5-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="a20g5-0-0"><br /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7vdin" data-offset-key="cebo-0-0" style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cebo-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="cebo-0-0">...</span></div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-59094445033557607782015-12-26T19:20:00.000-08:002015-12-26T19:20:00.899-08:00Pequena Ladainha para um eterno agradecimento sem fim e cuja razão de o ser paira na falta absoluta de qualquer aparente razão...<br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;" /><br style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;">Meus parabéns, senhor Correia! Ora, senhor Prado, recebo os seus cumprimetos e já os repasso ao senhor Moraes, que sem a participação decisiva do senhor Silva não estaria eu, agora, nem perto de alcançar tamanha gratificação. Parabéns, senhor Silva! Uma honra receber t</span><span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;">ão calorosa manifestação de afeto, meus senhores, afinal, o que somos nós senão eternos espectadores do reconhecimento alheio? É aos senhores a quem delego todos esses aplausos e cujo merecimento, sabemos nós, é mais do que evidente. Parabéns! Meus parabéns a você! Eu que o diga! Ora veja! Não seja tão humilde! Um momento, senhores! Penso que seria justo dedicar um tempo a alguns breves testemunhos de cada um aqui presente, caso os senhores não venham a se opor, evidentemente, que pudessem tornar público e norótio, enfim, a alegria que brota dentro dos nossos corações nesse exato momento de profunda alegria. Concordo! Apoiado! É uma ótima ideia. Por que não começamos com o senhor Gomes? Humildemente passo a palavra ao senhor Oliveira. Adoraria aceitar mas acho que por razões óbvias o senhor Vilas-Boas deveria ser o primeiro. Longe de roubar a vez do senhor De Marchi. Criminosos seríamos todos nós, senhores, se atecipássemos o verbo ao do senhor Araújo. Senhores, caso ninguém venha a se opor, evidentemente, eu tomarei a iniciativa desse nosso pequeno circunlóquio festivo. Queiram sentar-se por favor. Verba Gratidaum infinitum latejas quid coracao baetere.<br /><br /></span><div>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;"><br /></span></div>
<div>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;"><br /></span></div>
<div>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px;">...<br /><br />...</span><br /></div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-8018503249756913892015-11-05T01:11:00.001-08:002015-11-05T01:11:39.212-08:00Escondo em mim uns duzentos de mim<br />
Não porque o queira escondê-los<br />
Mas porque é preciso que algum deles escape e diga ao mundo:<br />
Prazer, este sou eu<br />
<br />
Sou isso:<br />
Uma recusa de tantos outros<br />
Em dizer<br />
Quem sou<br />
<br />
...<br />
<br />
...Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-68843058371196916842015-10-06T07:26:00.001-07:002015-10-06T07:26:39.216-07:00Quando falo de mim, falo de um eu idealizado<div>Um que não sou eu, e que - com um pouco de imaginação -, sou eu também </div><div>Ou invento que sou</div><div>Uma vez que me é impossível saber quem sou eu por inteiro</div><div>Encontro-me comigo mesmo numa imagem maior</div><div>Fingindo sumir-me dessa minúscula escala de tamanho da qual sou eterno hóspede </div><div>E refém</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div><div><br></div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-61631948234044038032015-10-04T08:24:00.001-07:002015-10-04T08:24:06.536-07:00Gosto mais de aeroporto do que de viajar de avião<br />O instante antes de a cortina abrir é o que vale o preço do ingresso no teatro<br />A véspera sempre anima-me mais do que o fatídico dia <br />Pertenço a esse lugar de promessas não cumpridas<br />A ante-sala de tudo<br />O breve silêncio da pausa que precede o primeiro acorde da sinfonia. <br />Sou feito de contagens regressivas que nunca acabam<br />Termino quando aconteço.<br />
<br />
<br />
...<br />
<br />
<br />
<br />
...Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-73169382076458027562015-10-01T05:56:00.002-07:002015-10-01T05:56:12.719-07:00<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
Por fora, mais um soldado raso<br />Por dentro, um comandante de um exército inteiro de solidão </div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
...</div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-80320689251857676342015-09-18T14:00:00.001-07:002015-09-18T14:04:27.258-07:00Fábulas: Engenhocas espetaculares - A Catapulta Gigante.<span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;">Recusados os meios tradicionais de busca e conquista da liberdade, um dado sujeito de inconformismos latentes, um sujeito desses sujeitos que não desistem nunca de ver a sua ideia fixa tornada ideia concreta, resolveu construir uma catapulta gigante que pudesse o catapultar para longe dos muros da cidade, os mesmos muros que aprisionavam quem dentro de seus domínios estivesse feito sardinha na lata, e, uma vez livre da cidade, liberto também estaria daqueles outros todos que adoravam tê-lo como sardinha, uma vez que é hábito das sardinhas andarem unidas e solidárias umas com as outras, condição que as torna pouco ou nada atentas para a consciência de que são elas irremediavelmente sardinhas de fato e não lambaris, e que, curiosamente, desconhecem também as fronteiras da lata que as fazem sardinhas unidas, lata que só é lata porque é preciso haver sardinhas para trancafiá-las. Enfim, catapultado para longe, morreu espatifado bem no centro do muro, o mesmo muro do qual teimava em ver-se livre, e, se é correto dizer que neste mundo não alcançou o que queria, mistério obsequioso é esse o de conjecturar se lá, do outro lado, do lado desconhecido onde tantos cardumes já foram e não voltaram, conseguiu, finalmente, ultrapassar a qualidade de sardinha enlatada para, ufa!, a de lambari ligeiro...</span><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;"><br></span></div><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;"><br></span></div><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;">...</span></div><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;"><br></span></div><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;"><br></span></div><div><span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); text-decoration: -webkit-letterpress;">...</span></div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-39229750622390690172015-09-16T04:26:00.001-07:002015-09-16T04:26:49.691-07:00Plantão de Notícias: # O Tombo do Limpador de Janelas...O limpador de janelas acaba de despencar do vigésimo sétimo andar do prédio de vidros espelhados da avenida principal depois de haver testemunhado pelo lado de fora da janela e pendurado em seu andaime sustentado por cordas de aço o executivo-chefe da empresa do prédio de vidros espelhados da avenida principal esganar com as duas mãos um homem que mais tarde provou-se ser o outro limpador de janelas que na véspera havia flagrado o mesmo executivo-chefe esganando um outro homem que até então não se sabe quem é e por quais motivos mereceu o destino que ambos os limpadores de janela do prédio de vidros espelhados da avenida principal couberam ter e cada qual em situações bastante similares excetuando o fato de que um deles, o último, encontrou no chão o passaporte que os outros dois homens ganharam das próprias mãos do executivo-chefe da empresa do prédio de vidros espelhados da avenida principal.<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
...</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-12189891376190608172015-09-13T12:11:00.001-07:002015-09-13T12:24:25.075-07:00Fábulas: # A honra revolucionária dos piolhos-pulguentos...<div><br></div><div><br></div><div>Era uma vez uma colônia de piolhos-pulguentos que viva num tranquilo lombo felpudo de um cachorrão igualmente tranquilo e felpudo por inteiro. Então, certa vez, um piolho-pulguento, cansado do mormaço interminável dos dias de marolas nada bravias, botou-se de pé nas suas pequenas e alquebradas patas serrilhadas de piolho-pulguento e disse aos outros companheiros de mamata: senhores! Façamos alguma coisa! Mordamos o bendito cachorro! E, acometidos pelo ânimo revolucionário do piolho-pulguento, todos os demais piolhos-pulguentos puseram-se imediatamente a abocanhar o lombo tranquilo e felpudo do cachorrão igualmente tranquilo e felpudo por inteiro. Numa primeira coçada, o cachorro deu conta de matar metade da colônia de piolhos-pulguentos, e, em meio as exéquias fúnebres que vieram na sequência, os piolhos-pulguentos sobreviventes evocaram a gloriosa lembrança daqueles outrora piolhos-pulguentos revolucionários, dispostos a dar a própria vida de piolho-pulguento para que outros piolhos-pulguentos pudessem, aquele dia, lembrar do quão corajosos a nobre raça dos piolhos-pulguentos podem dar conta de ser, caso queiram ser, evidentemente. E o exemplo deu tão certo que todas às vezes em que um cachorro tranquilo e felpudo abdica de sua canina tranquilidade para coçar o próprio lombo felpudo, não surpreendam-se!, trata-se de uma outrora tranquila colônia de piolhos-pulguentos em busca de alguma homenagem autocontemplativa...</div><div><br></div><div>...</div>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-82975332943275109052015-08-05T16:19:00.001-07:002015-08-05T16:55:26.191-07:00<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
Ator </div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
E quem suspeitaria<br>De que morrer todo dia<br>Como o ator que ao palco sobe<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br>Suprimindo seu próprio nome<br>Para o bem de não sei quem<br>Seria vida que fica<br>Infinita<br>E deveras nobre?</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
E quem recusaria exasperar-se até seu último e derradeiro amém<br>Fingindo que finda<br>Se a oração bendita<br>É ladainha divertida<br>Sem profetas, fiéis ou evangelhos<br>Só liturgia<br>Riso frouxo que sobra<br>De quem ainda se enamora<br>Da alegria?</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
E assim acometido<br>Por cansaços sucessivos<br>Coroar-se servo sem amos e rei de tantos ninguéns<br>Que nascem, vivem e morrem<br>Na poeira soprada de todas as horas<br>Pó mágico dos sonhos de quem com o riso ainda ri<br>E com o pranto</div><div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">Ainda</div><div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">Chora</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
...</div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-1036202624795107242015-07-05T19:21:00.002-07:002015-10-07T19:38:34.479-07:00Fábulas # O Chamado do Telefone...<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
É sempre assim. Alguém, em algum lugar distante daqui, resolve fazer uma ligação para um outro alguém, que deveria estar por aqui para ouvir o telefone tocar e atender à chamada. Só que esse alguém para quem a ligação é feita nunca aparece. Então eu, que passo regularmente por aqui todos os dias, resolvo tirar o fone do gancho e dizer alô. É o que basta para que esse alguém do outro lado da linha comece a falar um monte de coisas imaginando que eu sou esse outro alguém a quem<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> ele, sabe-se lá quem ele seja, decidiu, por qual razão misteriosa, dedicar algum tempo para digitar os números no aparelho telefônico na esperança de que do outro lado quem atendesse à chamada não fosse outro senão esse a quem eu, que ele mal faz ideia quem seja, finjo ser. É isso que eu faço. Invento que sou esse a quem esperam que eu seja. E como tudo é feito à distância e no completo anonimato, eu não me sinto nenhum pouco mal por isso. Aliás, não me sinto nada mal por isso. Para dizer a verdade, sinto-me plenamente vivo quando finjo ser esse outro alguém que tanto é requisitado por esse alguém que, de algum lugar distante daqui, resolve gastar seu tempo para digitar todos os dias alguns algarismos num aparelho telefônico na esperança de poder falar com esse alguém com quem ele tanto gostaria de falar, e que nunca aparece para atende-lo. Sim, eu me sinto bem agindo assim. É quase como uma boa ação: aliviar a expectativa de alguém que eu mal conheço, e que provavelmente nunca venha a conhecer.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
- Alô?</div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
...</div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
...</div>
</div>
Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-89883806970224167352015-07-05T19:20:00.002-07:002015-07-05T19:20:08.100-07:00# Fábulas: O Sr. Moraes, o Assistente para Obviedades.<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">Este é o senhor Moraes, o Assistente para Obviedades. Depois de contratar os serviços do senhor Moraes a minha vida mudou, tornou-se mais leve, evitando que eu precise pensar naquilo que pensaríamos caso não tivéssemos outras coisas mais importantes para pensar. Porque é preciso separar as coisas importantes das coisas não tão importantes. E o senhor Moraes ajuda-me a pensar tudo o que é óbvio livrando-me a cabeça para que ela pense naquilo que vale, de fato, o esforço de pen</span><span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">sar. É isso que o senhor Moraes faz, ele é o meu Assistente para Obviedades. Aliás, faz bastante tempo que não me ocorre nada importante para pensar, mas, mesmo assim, faço questão de não abrir mão dos serviços do senhor Moraes. O senhor Moraes me é altamente necessário nesses dias em que não há nada para se pensar a não ser em tudo o que é óbvio. É verdade que houve uma época em que eu era bastante solicitado para pensar coisas importantíssimas tais como: o que é a justiça, o amor, o destino da humanidade e até mesmo a razão de não haver razão alguma para estarmos aqui nesse exato instante em que estamos aqui e não sabermos o porquê de estarmos aqui, agora... nesse exato instante. Mas esse tempo passou. E é bom que tenha passado. Porque na atual circunstância, é preciso um tempo para poder descansar o pensamento. Não é muito bom conviver o tempo inteiro com questões que demandam de nós um alto esforço de pensamento. E é aí que o senhor Moraes entra com os seus prestimosos serviços, aliviando nossa consciência daquilo que teríamos de nos ocupar ainda que fosse óbvio ocupar-nos com alguma coisa óbvia. Eu gostaria de agradecer ao senhor Moraes. Gostaria de agradecer aos serviços do senhor Moraes. Obrigado então, senhor Moraes!</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">...</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">...</span>Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-15162183857088178202015-06-08T21:31:00.002-07:002015-06-08T21:31:56.698-07:00Sou sempre eu...<br />
Quando não sou eu<br />
Sou eu dizendo:<br />
Não sou eu!<br />
Para todo o restante das ocasiões - não se preocupe! -,<br />
Sou eu mesmo...<br />
<br />
<br />
...<br />
<br />
<br />
<br />
...Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6562870463320529000.post-85867111979074023152015-06-04T14:19:00.002-07:002015-06-04T14:39:13.612-07:00Fábulas: # O Salão de Chá e os Nobres Senhores de Fraques e Bigodes Pontudos...Três nobres senhores de bigodes pontudos e trajando fraques sorviam cada qual em sua xícara uma infusão de chá de camomila no salão de chá aberto somente para ilustres senhores trajados com fraques e cujos bigodes haviam sido aparados nas extremidades formando pontiagudas pontas... E foi quando o teto começou a baixar. O tilintar do lustre que fazia balançar as delicadas gotas de cristal penduradas em delicadas armações de metal banhado a ouro não deixava mentir: de fato o teto do salão de chá aberto somente para ilustres senhores trajados com fraques e cujos bigodes haviam sido aparados nas extremidades formando pontiagudas pontas estava baixando. E baixava em ritmo constante, porém lento, sem interrupções outras senão os agudos tilintares das gotas de cristal do lustre que tremelicavam em uníssono, ora ou outra promovendo afinadíssimos choques sinfônicos que preenchiam o salão de chá aberto somente para ilustres senhores trajados com fraques e cujos bigodes haviam sido aparados nas extremidades formando pontiagudas pontas com o mais alto si bemol inscrito na escala cunhada pela clave de sol. O primeiro nobre senhor deitou carinhosamente a sua xícara ainda fumegante da infusão de camomila no pires que erguia espalmado no ar com a mão contrária e conjecturou que o teto começara a baixar devido a algum misterioso evento que por razões também misteriosas ocorria no andar superior, teoria que não foi absolutamente refutada pelo segundo nobre senhor que viu-se obrigado a interromper a ação circular que promovia com a colherinha de prata mergulhada no líquido quente a fim de espalhar em iguais proporções o açúcar despejado e disse que misterioso ou não o evento no andar superior que provavelmente era a causa do teto principiar a ameaçar a tranquilidade daqueles que lá estavam somente para sorver uma inocente xícara de chá de camomila era fruto, isso sem a menor sombra de dúvidas, da mente assassina de alguns elementos interessados em eliminar a paz que reinava naquele pacífico salão de chá e que mal algum poderia oferecer ao mundo senão adocicá-lo com o aroma campestre da camomila verde, teoria que não foi totalmente contrariada pelo terceiro nobre senhor que, antes de ser esmagado pelo teto junto com seus colegas trajados com fraques e cujos bigodes haviam sido aparados nas extremidades formando pontiagudas pontas, explanou a necessidade urgente de se buscar um acordo diplomático com aqueles que, no andar de cima, engendravam mecanismos misteriosos que faziam o teto baixar e promovendo, também, agudos tilintares das gotas de cristal do lustre que tremelicavam em uníssono.<br />
<br />
...<br />
<br />
<br />
...Chicohttp://www.blogger.com/profile/00387922734341263256noreply@blogger.com0