quinta-feira, 14 de março de 2013

ÓDIO A JUSTA PENA!




Que raiva dos que escrevem com clareza!
Queria sê-los, com certeza
Mas a mim –
(Por que assim?)
Coube a ponta torta duma caneta
Uma que não se importa
Aos atalhos evitando.
E lá me vou com ela
Sambando
Um horizonte pras linhas
Sonhando...

Tragédia!
Ai de mim
Trilhas sinuosas
Tanto quanto maldosas
Quanto mais quero com as frases ver
Mais o céu torno escuro
Fazendo chover...

Se soubesse como desse triste destino tratar
Lançaria bóias
Ao menos algumas
Para que das ideias importantes
Sobrassem umas
(Duas ou três)
A flutuar
Talvez...

Mas, quer saber?
Se não houvesse quem misturasse tudo
Valor algum teria o escolhido
Aquele a dar por resolvido
A bagunça que a mim pertence.

Tristes presságios já não vejo mais
Dos naufrágios vislumbrando
Soluções geniais!
Que eu seja
Ou continue sendo
Esse que cego avança
Tropeçando com graça
Nunca vendo...


...


...

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