quarta-feira, 13 de março de 2013

DOS FUNDILHOS DO NARIZ...



De vez em quando
À mercê das estações do ano
A despeito dos dias ímpares ou pares
Sem levar em conta a conjunção dos astros ou das galáxias estrelares
Assim, na errância da mendicância
Longe de qualquer comando ou mando
Um pelo branco, um só, egresso das minhas recônditas profundezas narigais
Faz-me uma visita brincante:
'Oh querido hospedeiro dos pensamentos justos, eu, arauto capilar do reino dos miolos, venho por livre e espontânea vontade alertar-lhe sobre as tuas primaveras contadas... sê atento à ampulheta que da areia dos teus dias faz miséria, aproveita enquanto podes e compartilha tua obra prima não criada antes que o Criador lha abocanhe, plagiando para o além o que tu viestes aqui fazer... Vá com Deus, fui, Amém!'
E assim, tão rápido quanto veio
ZAPT!
Podo sua graça nas lâminas afiadas duma tesoura...
Vá comungar com o Demo,
Ponta branca dos meus alvos valores!
Se de novo vier
Faço do meu bigode um novelo
Que a você irá engolfar até afogar
Tu e as tuas audácias!
Ora veja...
Dizer-me que sou perecível?
Quero não
Não de ti...
Antes ser-me dito pelas costeletas
Essas sim charmosas
Mui mais amorosas que tu
Mensageiro de rãnhos robustos...
Afe!
Não voltes mais!
Sem mais
Eu...

...

...

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