segunda-feira, 20 de maio de 2013

O ATOR QUE NÃO FINGIU...

Há um drama em quem deixa de fingir
Ou melhor, uma tragédia!
A tragédia da realidade
Essa que não mente
Dizendo apenas e tão somente
A verdade...
Porque Édipo, embora trágico seja
É de mentira
Vivendo eternamente
No etéreo de sua pureza...
E quanto aquele que existe de fato
Inventando um fardo outro
Para fugir de seu destino exato?
Esse é o ator, um sábio fingidor
Sabe que furar os olhos dói
Mas dói menos que saber ser
Personagem esse que a vida
Duro enredo
Não lhe deu a escolher...
Morre o ator quando deixa de fingir
Vagando como espectro doentio
Igual a todo esse elenco no vazio
Dos que são o que são
Sem nunca haver experimentado
O prazer de inventar
E ser reinventado...

...

...

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