sábado, 31 de maio de 2014

Lembro-me de quando as ruas não eram asfaltadas
De quando os pensamentos tropeçavam sem pressa pelos buracos
E lá ficavam sem desejos outros senão o do aconchego do intervalo
Lembro-me de quando as ruas alagavam, barrentas
Sem a presteza do piche que a tudo escoa sem deixar rastro ou memória 
Até a chuva parecia cair em uma preguiça de poesia
Dessas de versos longos que fazem os olhos correr até o horizonte 
Lembro-me de quando tudo era lento
De quando a minha história demorava a virar 
História 

Já vai algum tempo


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