sábado, 1 de março de 2014
No teatro, sento-me na última poltrona
Houvesse um balcão distante
Quase invisível aos olhos do ator que pisa ao palco
É para lá que eu iria!
O espetáculo só interessa-me enquanto espetáculo
E para isso o longe me é fundamental
A proximidade é melancólica
De melancolia repetida
Sempre previsível
Parecendo forjar importâncias em esquinas há muito repisadas...
Disso a vida está cheio
E querer com ela fazer parceria
É matar toda e qualquer poesia!
Que se abram as cortinas
E daqui de onde não podem me ver
Eu possa ver!
Moldura tragicômica de bonecos de expressões indistintas
Indo e voltando
Será que sabem eles o quanto nada podem fazer?
Vazios de substância
Inteiros por ausência de interiores
Entregues às regras invisíveis
Do mistério!
Quão dignos parecem ser!
...
...
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