Analisando a pauta das questões urgentes cuja causa cada
qual à sua maneira periga balançar a dignidade salutar desse nosso
Estado-Civilizado-de-Direito-Maior não há qualquer dúvida de que o mistério
sobre a razão circunstância motivo ou sabe-se-lá-o-quê do porquê-os-bueiros-explodem
configura o principal assunto a ser tratado em reuniões públicas e privadas
para que tão rapidamente uma explicação adequada seja dada para fenômeno tão curioso
e ao mesmo tempo tão ofensivo naquilo que se refere ao potencial provável de
destruição que uma tampa voadora poderia oferecer não só aos passantes que por
ventura estivessem transitando nas cercanias do objeto ejetado como também ao
ferimento dos princípios éticos e morais de uma constituinte que não prevê em
qualquer um dos seus artigos publicados o direito inviolável que todo
cidadão-de-bem tem de se esquivar de qualquer circunferência metálica à serviço
de uma trajetória parabular e imprecisa pelos ares circunscritos ao perímetro
da federação.
Muito bem! Diria o cidadão comum não afeiçoado aos
procedimentos de resolução para regimes de crise emergencial dessa nossa nação
- muito mais importante do que deliberar sobre
tampas-aéreas-de-projeção-desconhecida seria avaliar a razão motivo
circunstância ou sabe-se-la-o-quê do porquê-as-vacas-malhadas-mugem-nos-dias-ímpares
ao invés dos dias pares quando [curioso!] decidem por livre e espontânea
vontade fazer greve na sua produção leitífera fato extremamente inquietante haja
vista que nenhum cientista dos cânones acadêmicos teve até agora a pachorra de
desperdiçar tempo averiguando num Pós-Doc financiado pela CAPES essa
curiosíssima relação que nos diz que vacas-malhadas-mugideiras são aquelas que
produzem leite e por conseguinte vacas-malhadas-mudas são aquelas que além de
mudas e malhadas são também vacas travadoras-de-tetas-lácteas! Ora se a relação
do mugir-ou-não-mugir [eis a questão] bem como a do verter-leite-ou-não-verter
[eis uma segunda questão] tem relação direta com os números do calendário
romano seria de bom tom ampliar as redes investigatórias de forma a promover
encontros entre as tais vacas-malhadas com astrólogos-matemáticos-físicos-e-veterinários-psicólogos
uma vez que sanada tal pendenga o leite-nosso-de-cada-dia bem como o
mugido-seu-quem-pediu-não-fui-eu poderia garantir um abastecimento sistemático
de lactose para todos nós em especial para os bebês desmamados que sem as tetas
das vacas teriam de recorrer ao famoso ditado Vai Mamar no Boi! Ora ainda que com
as vacas-albinas a coisa se dê de maneira inversa trocando a relação
mugido-leite pela variante dias-pares-ímpares-do-calendário-Maia não iremos nos
alongar nesse departamento haja vista que não somos agrônomos e tampouco
vacólogos para mergulharmos em ruminações nessa importante mas não urgente
questão...
Voltemos como diria Voltimando um personagem shakespeariano:
Porque-os-bueiros-explodem [???] é o que nos interessa embora nunca chegou a de
fato nos interessar até o momento em que começaram a explodir o que já nos
indica que algo de anormal ocorreu uma vez que tampas de bueiros normais
deveriam não explodir para virar tampas-voadoras mas permanecer tampando os
bueiros tal qual uma tampa de panela que como o nome já diz não tamparia nada
não fosse a sua respectiva panela existir para ser tampada ENFIM mas não por
fim (........) a abertura de documentos secretos do governo nos dá uma
importante dica no que diz respeito ao mistério sobre a razão circunstância
motivo ou sabe-se-lá-o-quê do porquê-os-bueiros-explodem elencando em ordem não
alfabética uma lista de possíveis culpados desse crime se é que se pode
qualificar de crime um delito nunca antes qualificado como tal haja vista que
só vai para a cadeia aquele que se encaixa ou melhor desencaixa nas normas
previstas em lei e uma vez não havendo desencaixe nessa questão de tampas
voadoras há que se rever o código penal a tempo de dar o devido castigo ou
prêmio aos culpados ou responsáveis pelo feito de decolar esferas metálicas no
espaço aéreo circunscrito pela federação...
Senhoras e senhores o primeiro suspeito de perpetrar tal
curiosa notícia que recentemente foi manchete nos principais jornais {EXTRA!
EXTRA! BUEIROS EXPLODEM FAZENDO SUAS TAMPAS VOAREM PELOS ARES} é justamente o
gerente das linhas telefônicas cuja malha de fios interurbanos encontra-se
devidamente aterrada por debaixo da terra e em contato direto com os bueiros ao
qual constantemente nos referimos até aqui [!] Portanto sem mais delongas vamos
ouvir ou melhor ler o depoimento desse empresário do alô em resposta a
possíveis acusações temerárias à sua reputação largamente construída através
dessa maldição moderna chamada telefone...
Continua...
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