domingo, 20 de outubro de 2013

Descobri...

Descobri que não sou daqui
Descobri que não me satisfaço com o que faço
Descobri que o sol que me ilumina não me anima
Sou antes fiel à lua, que só aparece quando eu sumo
E minha alma arrefece
Descobri que sou temerário aos itinerários, antes preferindo o relógio das ventanias
Um soprar para lugar algum, rumo certo à calmaria
Descobri que o tanto que disponho é pouco
Sou afeito aos restos, e por isso chamam-me louco
Descobri que tudo é sempre grande demais
Quando o desejo é respirar
Nada mais
Descobri que um jeito sempre há, senão de viver
De assim continuar
Transbordando de vontade
De um desejo nunca inteiro
De voar para longe
Com asas de liberdade...

...

...

Nenhum comentário:

Postar um comentário