sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pobre de nós...

Pobre de nós que imaginamos possíveis governos quando todos os governos possíveis já foram vividos e governados...
Pobre de nós que supomos estrear nosso destino quando o destino de tantos outros já se foram por vias nada originais quanto as que imaginamos trilhar para nós...
Pobre de nós que subimos ao palco do mundo no desejo de transformá-lo, quando o enxergar de frente, sem a proteção da fantasia, já seria um passo importante para saber como aturá-lo...
Pobre de nós que deitamos as nossas cabeças na cama na expectativa do sol caminhar diferente, quando ele nasce e morre desde sempre, sumindo lá pelas bandas do mesmo poente...
Pobre de nós que existimos para querer melhorar, quando o correto são os bichos que existem e pronto, na beleza nada abstrata de um ser para estar ...
Pobres de nós... tão absurdos e tão patéticos.

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