domingo, 14 de dezembro de 2014

Fábulas: # A vez dos cachorros...

E de repente descobriu-se que os cachorros tem alma e, portanto, um lugar por direito à direita de Deus Pai, pelo menos os cachorros de alma-boa, porque para tudo o que tem alma há também aqueles que, dotados de almas nada afeitas ao destino da eternidade celeste, padecem por serem maus, e quem há de duvidar de que existem também cachorros maus? Pelo menos cachorros distantes dos ditames do Senhor Todo Poderoso e, portanto, formadores do alvo preferencial a ser convertido para o bem, porque é também da natureza dos que tem almas-más, incluindo aí os cachorros maus, uma certa propensão natural para o bem - sendo maus unicamente por um desvio de caráter bastante compreensível àqueles que, em convívio com más companhias (incluindo aí os maus cachorros) tornam-se, portanto, maus também - e, portanto, havendo isso a que chamamos de trilha do Divino ofertada à todos os que tem alma (cachorros ou não cachorros, bons ou maus) a título de celebrar a salvação junto aos demais de alma comprovadamente boa, incluindo aí os cachorros de alma boa, o que se deu foi a implementação em caráter de urgência da missa-dos-cachorros, e cujo evangelho canino pode ser ouvido em ganidos, uivos e ladros, especialmente daqueles cachorros mais fervorosos - os cachorros postulantes a um lugar à direita de Deus Pai -, guiados pelo cuidado e benevolência da palavra do cachorro-pastor

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