terça-feira, 3 de dezembro de 2013

LAMENTO


Se é verdade que nunca fui jovem
Velho também não soube ser
A esperança, de um lado, nunca coube em mim
A certeza do cansaço, por outro, só por boatos sabia
O que sou agora tampouco sei
Talvez alguém no equilíbrio vazio dos extremos
Se das beiradas sei um pouco
No centro guardo muito de quase nada
Esperando para que lado caminho, fico
Mas eis que agora vejo
A direção que me fazem ver é de chão duro
De um rumo de passos cada vez mais tristes
Apagando certezas de outrora só minhas, enfim, ando
Ou só isso faço porque com o tempo não se compete
O certo é deixar-se levar, levando consigo o suficiente de se lembrar
Para trás não mais, quisera que pudesse
Ralentando de memórias, vou
Elas que pensava antes
Serem eternas
Como aqueles de quem gostava
Como eu
Não mais jovem
Um pouco bem mais velho

...

...

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