Tenho-me claro quando disse
Adeus a esse que querem a mim
Um que envereda todo assim
Na certeza do onde vai
- Quando foi que já foram indo
Sem que dele fizessem juízo?
Nos galopes da vida
As rédeas ao tédio
E ele da janela
Tudo vendo
Exceto quem era
Só partindo...
Ora, calma lá!
Se desse que dizem sou eu
Esse dele agora sou eu quem digo!
É um outro que pede abrigo
Dos muitos que são demais
Um que dos atalhos faz piada
Entortando a setas da justeza
Tropicando pelas beiradas
Sabendo pouco
Mas um pouco com clareza
E munido da capa dos exibidos
Esse ele viro Eu
Pé ante pé vou distante
Pela alameda dos perigos
Invenção dum solitário
Na solidão dum caminhante.
Firulas da imaginação
Dizem os peritos em verdades
Embevecidos pelo que são
Estátuas de vaidades
Pois se é assim
Condenado sei que sou
Apartado do mal
Ao que chamam de real
Um que não sei
Muito prazer
Um que vai indo
Exigindo
Até onde
Vai saber
Todo em fuga
Desse fardo
Que é viver
...
...
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