segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
APLAUSOS...
Passo os aplausos adiante
Eu por eles não confio
Alguém já viu uma plateia de colibris no exercício do aplaudir?
Ou uma matilha de lobos que ao regresso de um semelhante bem sucedido houvesse batido palmas num frenético zunir?
A natureza não é muda aos seus méritos por acaso
O que resiste ao espetáculo da vida é tudo o que de si não faz alarde
Só a nós, humanos, é que nos foi dado o hábito do barulho
E desse, em específico - o aplauso
Não tenho orgulho!
Deus que me permita manter-me indiferente
Vivo nessa decadência a mim inerente
Tudo para não subir ao pódio enfeitado das orações
Altar supremo das adulações
Esse ao qual diminuo
Num sorrateiro partir
Sem me fazer sentir
Até sumir
...
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