A firma de implante de próteses dentárias cujo destaque do mês deitava louros na funcionária Margareth Cunha por haver ela vendido tamanha quantidade de caninos postiços aparafusados diretamente na mandíbula daqueles que por distração ou imperícia desperdiçaram os originais de fábrica prometeu para breve o lançamento de um novo modelo de molar lapidado numa cerâmica cujo esmalte prometia competir em longevidade com a arcada dentária das múmias egípcias e que não viria para substituir nenhum dos outros molares originais senão para adicionar um novo e originalíssimo dente àqueles que já existiam por força da providência divina e assim publicou enfim nos jornais a novidade o que fisgou de imediato toda uma clientela que mesmo portadora de uma mastigação perfeita creditou futuro na promessa de poder mastigar melhor bem como falar melhor e por que não pensar melhor...
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