Um sujeito sentou-se na cadeira central de
uma plateia vazia numa noite em que os espetáculos estavam em recesso. E lá
ficou por horas, mirando o nada do palco descortinado e silencioso que
acontecia bem diante de seus olhos atentos. Perguntado sobre a razão daquele
ato doidivanas, respondeu que não havia melhor divertimento que aquele, quando
ninguém o tentava divertir, quando ninguém resolvia aparecer para que o
dissesse 'veja como eu estou aqui!', que, enfim,
nada substituía aquela deliciosa atenção deitada em coisa alguma.
...
...
Nenhum comentário:
Postar um comentário